28 maio 2006

As contradições de Correia de Campos


O ministro da saúde, Correia de Campos, foi a Baião inaugurar a unidade móvel de saúde. Confesso que não entendo esta inauguração.

Esta viatura só irá uma vez por mês a cada freguesia daquele concelho. Ora, que eu saiba, as doenças não costumam marcar hora para aparecer e os tratamentos de pequenas feridas e renovação de pensos têm de ser feitos com espaços mais curtos que um mês.

Por esta inauguração percebemos a dimensão da propaganda deste governo. Tudo serve de notícia para fazer passar a imagem de um governo trabalhador e atento aos mais carenciados.
Outro dado curioso é o facto dos autarcas socialistas serem os únicos a permitir esta campanha, apesar dos seus concelhos estarem a ser penalizados. Exemplo disso é Baião.

O JN de hoje publica uma frase proferida por Correia de Campos que é no mínimo enigmática. Diz o ministro da saúde que “ o hospital de S. Gonçalo, em Amarante, é muito importante, válido e terá a sua vida garantida por muitos e longos anos, com uma qualidade crescente".

Então não é este ministro que anunciou o encerramento das urgências e da maternidade daquela unidade hospitalar?

É assim que um hospital cresce em qualidade e garante a sua vitalidade? Sinceramente acho que Correia de Campos necessita de repouso e nada melhor que deixar o ministério da saúde.

1 comentário:

Unknown disse...

O problema do ministro é que ficou obcecado com a sua intenção de fechar as maternidades. Acredito que algumas até devam ser encerradas, mas não certamente todas as que propõe. E não quer ceder porque senão perderia a face.

O que é grave é que este tipo de decisões só torna o país mais centralista. Cada vez é mais difícil viver em zonas rurais ou mesmo urbanas do interior.

Claro que o argumento do ministro é puramente financeiro. De outro modo, como justificar o encerramento das maternidades e não a sua melhoria?