12 dezembro 2006

Prevenir é o melhor remédio

No passado dia 1 de Dezembro, comemorou-se mais um Dia Mundial de Luta Contra a Sida.

Portugal continua a subir nas estatísticas com mais e mais casos de pessoas infectadas por esse vírus mortífero.

Estava a pesquisar na Internet, para fazer um trabalho académico, sobre este assunto, quando descobri o vídeo que se segue.

A história passa-se entre dois homens, mas poderiam ser duas mulheres ou um homem e uma mulher, as personagens do vídeo.

Vejam com atenção e lembrem-se que o melhor mesmo é a prevenção, porque se não olhamos por nós… ninguém olhará.


10 dezembro 2006

Para pensar!



Hoje vou deixar-vos um excerto de uma homilia do Padre Amaro Gonçalo.

"Já bastava “a menina do gás” e a devolução da noiva à procedência, por causa de um automóvel, para confirmar a leviandade ética da nossa publicidade, quando se trata de atingir valores tão caros à família.
Agora, está nas ruas, na televisão, nos jornais, uma campanha publicitária da TV Cabo, que é uma verdadeira infâmia. Nela, e no início, expuseram uns cartazes onde um filho anunciava ao pai que se tinha ido embora de casa, porque ali, não havia TV Cabo. “Tchau, pai vou bazar. Sem TV Cabo, quê que estavas à espera”. Veio a segunda leva de cartazes, em que a mulher, primeiro, e depois a empregada doméstica, a “Deolinda”, anunciam que se vão mudar, para onde haja TV Cabo.
Para que tomem consciência da dimensão do atrevimento, leio-vos, na íntegra, uma página inteira de publicidade, com esta Carta, que diz assim: “Artur, durante meses, andei a pedir que me ouvisses. Agora vejo-me obrigada a tomar uma atitude. Sabes, Artur, às vezes quando não temos coisas importantes em casa, começamos a procurar fora. Eu estava a sentir-me presa; todos dias a mesma coisa. Fui para casa do Pedro. Acredites ou não, ele entende-me. Todos os dias temos um programa diferente, sinto-me viva outra vez. Como é que põe a nossa felicidade em causa por € 15,50? Laura”.
Um comentador, insuspeito de qualquer excesso de piedade, insurgia-se: “Esta campanha ofende os pais, os filhos e as empregadas domésticas. Ofende os valores mínimos do casamento, da família e da vida em sociedade (“Dois casos exemplares, in Expresso, 1 de Dezembro 2006, p.7”).
Acreditem ou não, como o Artur, é neste “deserto” assim, de ideias, de valores, de princípios, que a voz de João Baptista, tem de ressoar, com a mesma frescura, coragem e vigor. “E há hoje tantas formas de deserto”, como bem nos avisava, desde o primeiro dia, o Papa Bento XVI: “há o deserto da pobreza, o deserto da fome e da sede; mas há também o deserto do abandono, da solidão, do amor destruído. Há o deserto da obscuridade de Deus, do esvaziamento das almas, já sem consciência da dignidade e do caminho do homem. Os desertos exteriores multiplicam-se no mundo, porque os desertos interiores se tornaram assim tão amplos” (Bento XVI, Homilia no início do Pontificado).
Quem não vê tal deserto, quem não o sente, perante o cenário de uma publicidade, tão reles e mesquinha, que induz comportamentos que ferem e minam a unidade familiar? Se apodrece este tronco da unidade conjugal e familiar, como se aguentará de pé uma família, uma sociedade ou uma comunidade? "
Podem lêr esta homilia, na íntegra, na página da internet varanda dos reis.
E apetece-me utilizar aqui a célebre frase "já agora vale a pena pensar nisto!"

06 dezembro 2006

Mais apanhados

Parece que os videos, com apanhados, que tenho vindo a colocar aqui estão a fazer um sucesso. Como podem comprovar pelas mensagem, são muitas as pessoas que visitam o meu blogue para se divertirem um pouco com os ditos apanhados.

Desta vez deixo-vos com os da RTP. Espero que não "panique". Veja os vídeos e perceberá o significado de "panicar".

Afinal, os portugueses gostam de rir!

28 novembro 2006

Facil de entender












Sinto-me europeu, mas acima de tudo português.

Confesso que a designação "tuga" me desgradada um pouco; soa-me a depreciativo, a saloio.

Tenho IMENSO ORGULHO em ser português. Amo a língua de Camões. Admiro os nossos poetas; respeito os nossos compositores.

A língua inglesa foi, pouco a pouco, ganhando terreno. Todos nós, até mesmo os menos letrados, usamos diariamente palavras e expressões inglesas. Uns porque parece bem outros por imposição do marketing.

Mas facil de entender é mesmo em portugês. A provar isso mesmo, e depois de muitos êxitos em inglês, está este tema de uma das minhas bandas favoritas : The Gift.

Deixo-vos esta prenda: Facil de entender dos the gift ... digam lá que não é deliciosa!

27 novembro 2006

é de rir...literalmente

Foram muitos os pedidos para colocar mais vídeos aqui no blogue. Neste inverno cinzento nada melhor que rir para aquecer. Este vídeo é de rir...literalmente.

17 novembro 2006

Saudades


Há um sentimento que é muito nosso: Saudade!


Descrever a saudade é praticamente impossível. Ao contrário do amor, descrito por Camões, a saudade é algo que dói e que se sente. E sente-se de uma forma tão profunda como dolorosa.

Não raras vezes ouvimos falar de pessoas que morreram vítimas de tal sentimento.


A saudade acompanha-nos desde a nascença. Logo nos primeiros instantes sentimos saudade da nossa mãe se ela se afasta por instantes.


No decorrer da vida sentimos saudades de momentos vividos, de pessoas encontradas.


Uns conseguem matar este sentimento através das recordações; outros preferem não recordar para que o tal sentimento morra.


A saudade rói e corrói o coração ou algum outro órgão que fica perto deste.


A partida para o outro mundo (se é que ele existe) de uma pessoa querida será certamente a saudade mais difícil de superar: de ultrapassar. A morte não é dolorosa para quem parte – quem parte não sentirá mais os problemas e sentimentos deste mundo – a morte é dolorosa para quem fica. E ultrapassar a perda de alguém é talvez o maior desafio que nos é colocado nesta vida. Seguir em frente com saudades mas também com as recordações boas que nos foram proporcionadas pela pessoa que partiu.


Deixo-vos com um fado interpretado pela Mariza. Chama-se “gente da minha terra”. Através dele percebemos que afinal a SAUDADE e consequentemente a tristeza é algo que herdamos das gentes da nossa terra :

“Oh gente da minha terra,


Agora é que eu percebi


Esta tristeza que trago

Foi de vós que recebi…”


10 novembro 2006

Apanhados da TVI Porto

Depois de um dia de trabalho sabe sempre bem descontraír.
Quero partilhar convosco dois vídeos, muito divertidos, de apanhados da TVI Porto.
É gargalhada do princípio ao fim: garantido!

VÍDEO 1


VÍDEO 2

06 novembro 2006

Valentim Loureiro vs Mário Crespo

Aqui está um belo momento de humor. A entrevista de Mário Crespo a Valentim Loureiro. Simplesmente de rir até cair para o lado. Veja os dois videos porque eles complementam-se.



03 novembro 2006

De Rodin a Kandinsky, a Miró...Colecção Lamerdin


O Museu Municipal de Amarante vai receber a exposição “De Rodin a Kandinsky, a Miro…Colecção Lamerdin” de 28 de Outubro até 28 de Janeiro de 2006.

São 63 os trabalhos que podem ser vistos na sala de exposições temporárias do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso , que fazem parte da colecção Lamerdin que é originária da cidade de Wiesloch, na Alemanha, e que esse município recebeu por doação.

Esta colecção reúne obras de artistas de relevo, como Auguste Rodin, Pablo Picasso, Edgar Degas, Joan Miró, Wassily Kandinsky ou Martin Mayer.

Jurgen Hirschauer, historiador de arte alemã, escreveu, sobre esta colecção, que: “A ampla colecção de Kurt e Gertrud Lamerdin permite-nos exemplificar as correntes artísticas dos séculos XIX e XX que recorrem e representam também as tendências intelectuais, as descobertas e os desenvolvimentos da sua época.”

O Presidente da Câmara Municipal de Amarante, Armindo Abreu, considera que “a exposição pontua para o Museu - que conta com mais de meio século de existência - e para a cidade em si, um momento alto da sua actividade cultural e constituí, para todos os que a queiram visitar, uma excelente oferta, reunindo trabalhos, não só da escola das Belas-Artes alemã, mas, também, de grandes referências que polvilharam a epopeia da arte europeia de finais dos século XIX, princípio do século XX.”

O autarca amarantino salienta ainda que “a vinda desta exposição a Amarante é uma consequência da geminação que este município possui com o de Wiesloch, na Alemanha.”

António Cardoso, historiador de arte e director do Museu Municipal de Amarante, deseja que “ a exposição preencha hiatos de informação e em termos pedagógicos possa permitir uma adequada exploração por parte das escolas e da região”. O director do Museu destaca “ o pequeno núcleo de escultura e sobretudo a obra gráfica de grandes autores como Picasso, Braque, Groz, kandinsky, Hartung…”

António Cardoso salienta ainda que “ esta é uma colecção estimável, começada a realizar-se na 2ª metade do século XX, com objectivos transnacionais, procurando reunir obras de artistas consagrados fundamentalmente dos séculos XIX e XX, acentuando, todavia, as tradições do Romantismo e a forte expressão do Expressionismo alemão”.

O Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso é um dos mais significativos Museus portugueses de arte moderna, contendo a mostra de pintura, escultura, e serigrafia. Pode ser visitado de terça a domingo (excepto dias-santos e feriados) , das 10h às 12h30 e das 14h às 17h30m. O preço geral é de 1,00€, para estudantes, seniores e cartão jovem de 0,50€ e grátis para os menores de 15 anos.

27 outubro 2006

As autarquias e o ambiente


Em campanha eleitoral não há candidato a Câmara Municipal deste país que não se mostre sensibilizado com o ambiente. Mas após as eleições, os autarcas aproximam os seus munícipes das questões ambientais através das páginas web dos municípios? Fomos navegar nos sites das Câmaras…

A Internet é um meio cada vez mais utilizado para todo o tipo de fins.
As autarquias já criaram as suas páginas na Internet para irem, mais rapidamente, ao encontro dos cidadãos. Mas, e os temas relacionados com o ambiente como se encontram representados nas páginas dos municípios portugueses?

A Universidade Técnica de Lisboa elaborou um estudo, coordenado pelo Professor Luís Ribeiro Vieira, sobre a qualidade dos serviços e informações prestadas pelos sites na Internet das Câmaras Municipais de Portugal.

Num Universo de 308 autarquias as que ficaram nos sete primeiros lugares foram: Pombal, Portalegre, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Porto, Odivelas e Amarante.

Com base neste estudo fomos consultar o site destes municípios e verificar que informações, sobre o ambiente, fornecem aos seus munícipes.

Começando pelo site www.cm-pombal.pt, verificamos que a informação ambiental não chega aos habitantes de Pombal. Não se encontra qualquer referência ao ambiente.

Passamos para o site da Câmara de Portalegre. Um vídeo inicial mostra as potencialidades daquele concelho. Após saltar a apresentação lá está um link que nos remete para o ambiente. Informações de que vão desde o canil ate aos cemitérios e feiras. Um dado curioso: tem um sobre a reciclagem com a contagem dos ecopontos do concelho e a localização dos mesmos.

Subimos um pouco no mapa e fomos parar em Vila Nova de Gaia. Entramos no endereço www.cm-gaia.pt . Um leigo nestas andanças da Internet não descobriria onde se encontra o link para ambiente. Só clicando no directório municipal é que o descobrimos. Mas valeu a pena. Em destaque o contacto telefónico para recolha de objectos volumosos. Mais em baixo o cibernauta fica a conhecer o departamento municipal de salubridade pública e ambiente, todas as campanhas que foram promovidas sobre educação ambiental, as perguntas mais frequentes e respectivas respostas sobre as questões ambientais e as vantagens dos ecopontos e da reciclagem.

Atravessando a ponte, chegamos ao município portuense. Em destaque, no site, no lado esquerdo temos um convite para visitar a página sobre o ambiente no Porto.

Após um click, lá se abre a página. As informações vão desde os cemitérios até á higiene pública. Sem qualquer conteúdo está o link relacionado com educação ambiental, linhas de água e ruído. De salientar que a autarquia disponibiliza, online, um mapa com os espaços verdes assinalados e muita informação sobre os resíduos – que vão desde como os tratar até aos horários de recolha do lixo. Existe no município a “ecolinha” que presta esclarecimentos relevantes sobre a higiene e limpeza. Através desta linha também se podem fazer reclamações e sugestões.
Através de um link conseguimos aceder às informações da Agenda 21.

No endereço electrónico http://www.cm-matosinhos.pt/ temos dificuldade em perceber onde está o link do ambiente. Apesar da página web ter algumas fotografias de jardins daquele concelho, só a muito custo é que descobrimos o acesso à temática “ambiente” na secção “município”.

Misturadas com as poucas informações ambientais estão notícias que vão desde o centro de atendimento à toxicodependência e a inauguração de novas vias.
Quanto a actividades de educação ambiental, só encontramos as que foram realizadas este verão, não estando programadas nenhumas até ao final deste ano.
O nome das praias de Matosinhos surgem sem a sua localização ou qualquer outro tipo de indicações importantes como a qualidade da água.

Outro classificado no ranking dos 7 melhores sites autárquicos é o de Odivelas. Após uma consulta atenta e pormenorizada é que encontramos a informação ambiental. Para aceder a essas informações temos de clicar em Câmara Municipal, depois em serviços e equipamentos e só depois é que encontramos o tão procurado link sobre ambiente
Há de tudo: áreas de intervenção, notícias, campanhas, publicações e informações úteis.
Apesar da dificuldade em aceder ao link, vale a pena a consulta, pela qualidade e quantidade da informação prestada.

Terminamos esta nossa ronda pelo site classificado em 7 lugar, dos 308 analisados pela Universidade Técnica de Lisboa.
Em http://www.cm-amarante.pt/ encontramos em destaque uma ligação para uma página denominada de “cantinho da água” com alertas para poupar da água.
Mais informações sobre ambiente só existem na loja do munícipe e são muito poucas e algumas delas até bastante desactualizadas.

Desta nossa consulta podemos concluir que, sendo um tema sempre abordado nas campanhas eleitorais, os municípios portugueses, pelo menos os por nós consultados, não dão muita importância, nas suas paginas web, às questões ambientais.

17 outubro 2006

Os critérios do governo


O Primeiro-Ministro José Sócrates, inaugurou recentemente mais uma Scut - auto-estrada sem custos para o utilizador.
José Sócrates congratulou-se pela medida criada pelo governo socialista, por considerar que as Scuts permitem o desenvolvimento das regiões mais pobres do país.
Neste novo modelo de auto-estradas quem paga as portagens são todos os portugueses, independentemente de as utilizarem ou não.
João Cravinho, que foi o pai das Scuts, apresentou recentemente um estudo que comprova que as regiões, por onde elas passam, se desenvolveram muito mais.
Lamento que o critério seguido pelo governo não seja igual para todo o país.
A região do Baixo-Tâmega, da qual Amarante faz parte, é das mais pobres e deprimidas de Portugal.
Esta região é servida pela A4 que tem as portagens mais caras, por quilómetro, do país.
Amarante pertence ao distrito do Porto, distando deste cerca de 60km. Os amarantinos têm, portanto, que se deslocar regularmente à cidade invicta.
É, exageradamente, cara a viagem Amarante – Porto. Façamos contas para uma viatura classe 1 de gastos médios de combustível:

Portagens: 3,55€ x 2 = 7,10€
Gasolina: 15€
Desgaste da viatura: 10€
Total: 32,10€

São 32,10€ (TRINTA E DOIS EUROS E DEZ CÊNTIMOS) o preço de uma viagem de Amarante ao Porto.
Se o governo socialista seguisse os mesmos critérios, a A4 passaria a Scut. Desde logo porque tem um mau traçado; um péssimo piso de Penafiel a Paredes; é a única alternativa para as gentes da região transmontana e do Baixo-Tâmega e percorre uma das zonas mais pobres do país – com menor industrialização.
Não compreendo a criação de mais uma auto-estrada sem custos para o utilizador a servir Paços de Ferreira (que se situa a 30km do Porto) e que brevemente ligará Lousada / Felgueiras e posteriormente Chaves.
Mas os autarcas – aqueles que elegemos para defenderem a nossa terra – têm enormes responsabilidades. Não conseguem ser reivindicativos e, pior que tudo isso, não conseguem juntar sinergias para lutarem por interesses comuns.
Muitos presidentes de câmara colocam os interesses partidários acima dos interesses da sua terra.
É altura das populações se juntarem e serem elas a reivindicar os seus interesses.
BASTA!
Amarante não pode continuar a ficar para trás.
Lousada, aquela pequena vila perdida entre Penafiel e Paços de Ferreira, passa a estar ligada ao Porto, por auto-estrada, sem pagar portagens. E, através da A11, está ligada a Guimarães, Braga e Valença.
Não podemos continuar a deixar Amarante ficar para trás. Se fazemos parte de uma das regiões mais pobres do país, temos direito a ter os benefícios que o governo atribui a regiões semelhantes.
BASTA de promessas eleitorais! A freguesia de Vila Caiz, que ficou dividida ao meio pela A4, não pode continuar a ter a praça das portagens sem ter acesso à mesma.
Se o poder local se acomodou a população não pode ficar acomodada! Os presidentes da câmara passam mas o concelho permanecerá e há atitudes que se não forem tomadas agora, depois poderá ser tarde.

30 agosto 2006

Para descontrair



E por falar em auto-estradas e portagens, recebi por email este cartoon que não resisti em partilhar convosco.

18 agosto 2006

Mutilados em Portugal


Por estes dias tive a experiência de colaborar como operador de portagem numa das concessionárias de auto-estradas em Portugal.

Fiquei admirado com o número de “mutilados” no nosso país. Pude verificar o número elevado de pessoas que não possuem a totalidade dos dedos das mãos, ou pior ainda, não possuem a própria mão.

A causa principal dessa mutilação deve-se aos acidentes de trabalho: ao número elevado de acidentes de trabalho.

Vivemos no país em que a preocupação principal das entidades empregadoras não é a segurança dos trabalhadores mas o lucro. Quanto mais se poupar nas condições de segurança de trabalho mais lucro se tem e é mais um carro topo de gama que se pode oferecer aos filhos.

Não existe, em Portugal, uma consciencialização para os problemas laborais; para a higiene e segurança no trabalho.

E depois o resultado é este: um numero elevado de acidentes.

A grande maioria dos pequenos empresários ainda olha para os trabalhadores como “funcionários” e ainda não percebeu que eles são “colaboradores”. De resto é esta segunda designação que aparece na legislação laboral sempre que é referido o trabalhador.

É urgente ter os inspectores a fazerem o trabalho que lhes compete, ou seja a inspeccionar as condições laborais sem se deixarem corromper.

Portugal não pode continuar a registar níveis tão elevados de acidentes no local de trabalho. Não podemos deixar continuar a morrer pessoas que o único crime que cometeram foi o de querem ganhar o seu sustento e de uma família.

27 junho 2006

Uma aldeia chamada Amarante



Nasci em Amarante. Uma grande parte da minha vida tem sido passada em Amarante.

Confesso que cada vez mais me distancio daquela cidade.

Devido a “politiquices” , Amarante já perdeu a PT, EDP, PSP e prepara-se para perder a maternidade e a urgência médico-cirurgica do Hospital de São Gonçalo.

Afinal, o que pode motivar alguém a viver no concelho amarantino? Talvez a paixão e o amor à terra!

A câmara municipal tem revelado incapacidade para resolver os importantes problemas do concelho. O executivo camarário perdeu, inclusivé, a capacidade criativa que muitas vezes ajuda a resolver problemas quando um município está com contenção orçamental.

Não compreendo como este ano não temos o habitual cartaz do “verão cultural”. Não percebo o motivo do palco ter mudado da praça do Ribeirinho para o antigo parque de campismo. Se as esplanadas estão no parque do ribeirinho, não faz mais sentido manter lá o palco?

Passo, actualmente, quatro dias por semana no Porto. Confesso que a vontade de voltar a viver em Amarante sete dias por semana começa, cada vez mais, a ser menor.

Aos amarantinos resta uma de três alternativas: deixar de ter uma atitude passiva e passar a reivindicar mais; mudar o executivo camarário ou rezar a S. Gonçalo para que faça um milagre.
Força amarantinos: mudar o rumo das coisas depende de TODOS e de CADA UM. Se não lutarmos daqui a muito pouco tempo Amarante será apenas uma pequena aldeia entre o Porto e Vila Real.

08 junho 2006

Até sempre Raul Indipwo

28 maio 2006

As contradições de Correia de Campos


O ministro da saúde, Correia de Campos, foi a Baião inaugurar a unidade móvel de saúde. Confesso que não entendo esta inauguração.

Esta viatura só irá uma vez por mês a cada freguesia daquele concelho. Ora, que eu saiba, as doenças não costumam marcar hora para aparecer e os tratamentos de pequenas feridas e renovação de pensos têm de ser feitos com espaços mais curtos que um mês.

Por esta inauguração percebemos a dimensão da propaganda deste governo. Tudo serve de notícia para fazer passar a imagem de um governo trabalhador e atento aos mais carenciados.
Outro dado curioso é o facto dos autarcas socialistas serem os únicos a permitir esta campanha, apesar dos seus concelhos estarem a ser penalizados. Exemplo disso é Baião.

O JN de hoje publica uma frase proferida por Correia de Campos que é no mínimo enigmática. Diz o ministro da saúde que “ o hospital de S. Gonçalo, em Amarante, é muito importante, válido e terá a sua vida garantida por muitos e longos anos, com uma qualidade crescente".

Então não é este ministro que anunciou o encerramento das urgências e da maternidade daquela unidade hospitalar?

É assim que um hospital cresce em qualidade e garante a sua vitalidade? Sinceramente acho que Correia de Campos necessita de repouso e nada melhor que deixar o ministério da saúde.

21 maio 2006

Onde está o garrafão do vinho?!



A imagem que se encontra em cima chegou-me por e-mail. Considero que de facto temos maus policias como temos maus profissionais em qualquer profissão.

O típico agente da autoridade que nada faz e só está a beber vinho está em vias de extinção.

Cada vez mais os quadros das nossas forças policiais são compostos por pessoas bem formadas e com vocação para a vida policial.

No entanto, a ser verdadeira esta fotografia, não posso deixar de referir que ela tem alguma graça e que as chefias dos agentes da autoridade têm de estar atentas a estas situações. Se o saca-rolhas está visível, onde estará o garrafão do vinho?

O lado escuro do Porto




Ir à baixa portuense depois das 22 horas é quase uma aventura. A cidade está praticamente deserta. Digo praticamente porque as poucas pessoas que se encontram são os varredores do lixo e aquelas que fazem da prostituição o seu modo de vida.

A maioria das pessoas que durante o dia enchem a cidade são oriundas dos subúrbios. O preço elevado das casas e os prédios degradados contribuíram bastante para esta desertificação da Invicta.

Mas não deixa de ser interessante fazer uma viagem pelo lado escuro do Porto. As escolhas não faltam.

Junto à Câmara Municipal, instalou-se o verdadeiro mercado do sexo. Nas ruas paralelas encontramos de tudo: homens, mulheres e travestis.

Qualquer cidadão que circule nesses locais, ou até mesmo parado num semáforo, é imediatamente abordado. Surgem rapidamente propostas em todos os sentidos. O preço pode ser sempre negociado. O mercado do sexo também está em saldo.

Mas quem pensa que as coisas se limitam à zona da baixa está redondamente enganado. Junto ao parque da cidade acontece o mesmo paralelismo sexual. De um lado estão as prostitutas à espera de clientes. Do outro lado os homossexuais circulam com as suas viaturas à procura de sexo fácil e gratuito. Aquela zona é denominada de “local de engate”.

Mais abaixo, já na zona da Foz, encontramos novo paralelismo: prostitutas de um lado da rua e do outro as viaturas estacionadas com casais em momentos bastante íntimos. De um lado comercializa-se; do outro, supostamente, é de borla.

Mas nem só de sexo vive o Porto à noite. Na viagem pelo lado escuro da cidade encontramos os locais do tráfico de droga: Sé; Ramalde; Pereiro; Aleixo, entre outros.

Depois, quando o dia amanhece, a cidade está cheia de vidros de automóveis na rua. Os assaltos aconteceram, ou melhor, o vandalismo também aconteceu, porque muitas vezes não são furtados objectos das viaturas. Apenas houve o divertimento em partir os vidros.

O Porto tornou-se assim uma cidade que à noite não dorme. Mas apenas adormece da confusão do dia-a-dia e onde quem manda não é a polícia.

07 maio 2006

Quem tem capa já não escapa


Começou hoje mais uma semana da queima das fitas na cidade do Porto. Este ritual que se repete por todo o país, onde quer que exista uma universidade.

Para quem nunca teve uma experiência de “vida académica”, esta semana pode parecer estranha, como estranho parecem as “monumentais” bebedeiras de muitos futuros doutores e engenheiros deste país.

De facto, são estes dias que os estudantes universitários aproveitam para libertar a tensão acumulada com os trabalhos académicos realizados durante o ano e também serve para se prepararem para o stress dos exames que estão prestes a começar.

O Porto é das academias com maior tradição de queima das fitas. Quase nenhum estudante deixa de estar presente na primeira noite, junto à antiga cadeia da relação, para assistir à monumental serenata. É nessa altura que os padrinhos académicos aproveitam para “traçar” a capa aos seus novos afilhados. Se por um lado são cada vez menos os caloiros que aderem à praxe, por outro todos querem vestir o traje académico.

Depois segue-se uma semana cheia de concertos. Espectáculos diversificados e acções de solidariedade.

Outro ponto considerado alto é sempre a missa da bênção das pastas no estádio do dragão e o cortejo na terça-feira.

No dia do tradicional cortejo, a cidade do Porto fica parada para conhecer os seus estudantes. O trânsito torna-se ainda mais caótico.

O presidente da câmara marca sempre presença na tribuna que este ano regressa para a avenida dos aliados. Para isso contribuiu o acelerar das obras para que tudo esteja pronto.

Apesar dos concertos elaborados a pensar na diversidade e a preços acessíveis, a maioria dos estudantes aproveita a queima das fitas mais para confraternizar com os amigos e desconhecidos do que propriamente para ver os concertos.

O hospital de Stº António, por estes dias, não tem mãos a medir. Esta noite constatei isso mesmo ao levar 2 amigos que se encontravam em estado alcoólico avançado, desculpem o eufemismo. Foram todos muito profissionais naquela unidade hospitalar.

A queima das fitas segue sem interrupções. Aqui fica a ligação à Federação Académica do Porto (FAP) para que seja possível consultar todo o cartaz.

De fazer referência apenas que este ano a RTP terá no programa “Portugal no Coração” um diário da queima das fitas, onde será “contado” aos telespectadores tudo que se passou no dia anterior.

29 abril 2006

O povo, ainda, é quem mais ordena






O ministro da saúde, Correia de Campos, afirma hoje, em entrevista ao Jornal de Notícias (JN), que a decisão de encerrar as maternidades é irreversível.

O ministro fundamenta-se no factor qualidade. Pois bem, o senhor ministro deve desconhecer que a maternidade de Amarante foi recentemente remodelada, onde foram gastos milhões de euros, e foi toda ela equipada com os melhores equipamentos.

Não percebo a atitude de Correia de Campos. Numa altura em que Portugal começa a ter uma população envelhecida e uma taxa de natalidade muito baixa, o governo em vez de incentivar a natalidade, faz precisamente o contrário. Ninguém duvida que com as maternidades distantes e com o consequente congestionamento das mesmas, as mulheres desta região se sintam menos motivadas a dar à luz.

O ministro da saúde, quando estava na oposição, criticou muitas vezes os ministros da saúde da altura por querem fazer aquilo que ele está precisamente a concretizar.

Considero que todos aqueles que votaram no PS nas últimas legislativas , se devem sentir muito defraudados nas expectativas. Nada nem ninguém fazia prever a falta de política social de um governo socialista.

Amarante lamenta também a incapacidade dos seus representantes locais de defenderem os interesses do município.

Afinal de nada serve às gentes de Amarante ter uma câmara socialista e um euro deputado, também socialista, que um dia foi presidente do município.

Eu que actualmente vivo no Porto, apesar de ser amarantino, sinto que cada vez tenho menos a perder em vir viver para Amarante. Esta cidade está cada vez mais pobre em todos os aspectos.

Tenho uma paixão enorme por este concelho mas não gostava de morrer por falta de assistência médica, por estar distante da urgência de um hospital.

Espero que as gentes de Amarante não se conformem e usem de todos os meios para não permitir que lhes roubem aquilo que muito custou a conquistar. Afinal o povo, ainda, é quem mais ordena.

25 abril 2006

Manifestação em Amarante


Hoje, dia 25 de Abril, comemora-se o dia da liberdade em Portugal. A chegada da democracia a este país. O povo passou a ter voz.

Hoje, dia 25 de Abril, a população de Amarante e Macedo de Cavaleiros saiu à rua para protestar contra o encerramento dos respectivos hospitais.

Em Amarante, foram milhares de pessoas que se concentraram junto ao hospital, seguindo a sua marcha até à câmara municipal.

O ministro Correia de Campos, no seguimento da política do governo, pretende fazer uma contenção de despesas. Mas o ministro não deve conhecer bem o país.

O 25 de Abril de 1974 deu aos portugueses um acesso maior e melhor à saúde e à educação. Volvidos mais de 30 anos, e curiosamente, um governo socialista quer retirar às populações mais pobres aquilo que muito lhes custou a reivindicar: hospitais e escolas.

A maternidade de Amarante efectuou, o ano passado, mais de 1200 partos, o hospital é responsável pela urgência de doentes dos concelhos de Amarante, Baião, Marco de Canaveses, entre outros.

O IP4 é uma das estradas mais mortíferas do país e é no concelho amarantino que mais acidentes mortais acontecem.

Penafiel fica a uma distância superior a 30km e o melhor acesso é a A4 que tem das portagens vais elevadas do país.

O concelho de Amarante estende-se, na sua maioria, pela encosta da serra do Marão, onde as acessibilidades não são muito boas.

Esta região, do baixo Tâmega, é das regiões mais pobres e mais carenciadas do país. Não entendo porque, nas regiões mais pobres, o governo ainda as quer empobrecer mais.

Pelos critérios do sr. Ministro da saúde, considero que, por exemplo, o hospital de Gaia e de Matosinhos também deveriam encerrar. A poucos quilómetros e com melhores acessibilidades está o hospital de S. João e o de St. António.

Amarante não se pode calar. Com a saúde não se brinca!!! Daqui a pouco encerram o cemitério municipal alegando que não tem condições sanitárias e que o melhor será sepultar os defuntos em Penafiel, porque afinal é já ali ao lado.

22 abril 2006

Deputados em falta


A propósito das faltas dos deputados na quinta feira antes da Páscoa, o jornal “Expresso” de hoje trás algumas revelações que desconhecia e que me indignaram.

Segundo aquele semanário, existe na bancada do PS uma pessoa que tem a responsabilidade de verificar se, em cada votação, existe o número necessário de deputados. Ainda, o mesmo jornal, faz referência que dentro do Partido Socialista são muitas as vozes que estão contra o Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, por considerarem que ele poderia ter adiado a votação.

Estas revelações mostram bem que são imensas as vezes que os senhores deputados não estão presentes no hemiciclo, auferindo mesmo assim ordenados elevados e obtendo muitas regalias.

Não entendo que num país da nossa dimensão tenhamos tantas cadeiras na Assembleia da República, estando a maioria delas vazias.

Tenham vergonha senhores deputados! Produzam mais e melhor. Se este país não avança vocês também têm a vossa parte de responsabilidade: e não é tão pequena assim!

O PSD propôs que a criação de uma comissão que avaliasse os deputados e que, nalguns casos, essa comissão de pessoas independentes pudesse sugerir a perda de mandato. Esta sugestão não agradou a quase ninguém.

Fiquei surpreendido com o candidato presidencial Manuel Alegre por também ter assinado o livro de presenças e se ter posteriormente ausentado do parlamento. De facto o povo português não se engana a votar, pois se o poeta tivesse vencido provavelmente iria faltar a cerimónias importantes.

Ainda recentemente veio a público o facto de alguns deputados eleitos pelo circulo eleitoral do Porto terem recebido ajudas de custo por visitas que nunca efectuaram ao distrito.

Depois destas notícias ainda ouvimos queixas que a classe política é “coitadinha”.

Espero que os políticos comecem a dignificar mais a classe a que pertencem e que produzam muito mais. De parasitas está este país cheio.

18 abril 2006

A morte do "Dino"


Portugal parou para chorar a morte do actor Francisco Adam.

Confesso que no domingo quando escrevi o post sobre a morte do actor da telenovela “morangos com açúcar”, fi-lo apenas com o intuito de manifestar a minha indignação por ainda, em pleno sec. XXI, os acidentes rodoviários serem a maior causa de morte de pessoas com menos de 35 anos.

Nunca pensei que a morte do “Dino” gerasse uma onda tão grande de consternação e solidariedade. Confesso que isso me faz confusão.

Obviamente que todos lamentamos a perda de mais uma vida humana, mas não compreendo os directos da TVI e o destaque que se está a dar à morte do actor.

Francisco Adam era apenas um jovem em início de carreira. Não se lhe conhecem atitudes ou acções para com o país que justifiquem tamanho destaque, nem foi a única vítima mortal em acidente de automóvel este fim de semana.

Se toda esta cobertura televisiva fosse para alertar para os perigos que existem na estrada, até compreendia, mas assim...

O jovem actor vinha de uma festa, onde apenas com a sua presença recebeu um caché bem simpático. Ao que se sabe, vinha a conduzir a alta velocidade.

Que me desculpem os corações mais susceptíveis, mas acho que a própria TVI se está a aproveitar um pouco desta morte, porque de outra forma não se justificam tantas reportagens e directos.

No domingo recebi, quer por sms quer pela Internet, dezenas de mensagens, a roçar o ridículo, a pedirem solidariedade para com o jovem actor e sugestões que iam desde andar de preto até colocar flores na janela de casa.

Repito que lamento a morte do actor, mas continuo a não perceber tantas lágrimas vertidas por pessoas que nunca o conheceram pessoalmente. Lamento que se estejam a envolver crianças indefesas em toda esta situação. Esses mais novos não compreendem a morte e acredito que toda esta exploração possa mais tarde criar medos, fobias e traumas nessas crianças.

Que a alma de Francisco Adam descanse em paz.

16 abril 2006

Operação Páscoa


Hoje é domingo de Páscoa. Se os católicos celebram a ressurreição de Jesus, os não católicos aproveitam o fim-de-semana prolongado para umas férias.

Depois, acabam sempre por surgir as intermináveis filas de trânsito, e, infelizmente, os acidentes de viação.

Até ao momento a Brigada de Trânsito (BT) da GNR registou sete mortos em acidentes de viação.

As televisões abriram hoje os seus noticiários com estes números trágicos e com a notícia da morte do actor Francisco Adam (na foto ) que interpretava o papel de Dino na telenovela da TVI “Morangos com Açúcar”.

O actor foi vitima de um acidente de viação ocorrido esta madrugada, às 03h50m na Estrada Nacional 118, de onde resultou a sua morte e ainda dois feridos graves.

Há mais de um ano que Francisco Adam fazia parte do elenco da série transmitida pela TVI, depois de ter trabalhado quatro anos como modelo em campanhas de publicidade

Esperemos que estes números assustadores façam reflectir os nossos governantes, porque não podemos ver a aumentar o número de vítimas em cada Páscoa que passa.

Deixemo-nos de medidas hipócritas. Está na hora de arregaçar as mangas e meter mãos à obra. Não é com o aumento do valor pecuniário das multas que a sinistralidade se resolve. Mas sim com mais e melhor policiamento, radares e câmaras de controlo e, acima de tudo, eliminando pontos “mais que negros” nas nossas estradas.

Não entendo que havendo locais onde ocorrem muitos acidentes devido a problemas de construção dessas vias, ainda não se tenham rectificado as mesmas.

Será necessário que morra um qualquer ministro ou deputado para as obras se fazerem?

Apelo aos nossos políticos que levantem o traseiro dos seus cadeirões de pele e que venham conhecer, no terreno, o nosso país.

15 abril 2006

voluntariadojovem-cma


Acaba de ser “lançado” o blogue oficial da medida ,“Voluntariado Jovem”, promovida pela Câmara Municipal de Amarante.

Este blogue, do qual sou também responsável, servirá como, uma espécie, de diário das acções levadas a cabo por aquela medida amarantina.

Será também um espaço de discussão de ideias e projectos no âmbito do voluntariado.

Espero que espreitem e deixem os vosso comentários.

11 abril 2006

Televisão




Estes dias, e talvez por estar de férias, tenho estado um pouco mais atento à televisão portuguesa.

Confesso que já fui um “teledependente”, mas ultimamente a programação nos nossos canais deixa muito a desejar.

Os directores de programas, sejam de tv ou rádio, não podem, actualmente, descurar a concorrência que a Internet veio trazer ao meio dos mass média.

Hoje, são cada vez mais aqueles que optam pela Internet para passar o tempo. A interactividade passou a fazer sentido.

Em simultâneo podemos estar a falar com os nossos amigos no messenger, podemos ainda entrar num chat e falar com pessoas com gostos semelhantes ao nosso, ainda é possível ouvir a nossa rádio favorita, espreitar um qualquer canal televisivo internacional, ler os jornais e viajar pelo mundo: repito tudo isto quase em simultâneo.

Nestes dias tenho verificado os motivos pelos quais a RTP já passou à frente da SIC nas sondagens.
Francisco Penim quando assumiu, à 6 meses, os comandos da SIC, prometeu revolucionar tudo e todos. Despediu pessoas, trouxe novos rostos para o canal e até deu-se ao “luxo” de acabar com a “Senhora Dona Lady”.

Volvidos estes 6 meses, as audiências baixaram ainda mais.

Mas o que falhou? No meu ponto de vista, faltou a Penim uma visão generalista “da coisa”.

Colocar à tarde a Rita Ferro Rodrigues, não me parece uma boa opção quando do outro lado, na RTP, está um Malato e uma Merche Romero. A Rita não tem a capacidade de ter um discurso e uma postura mais descontraída que é o mínimo que exige num programa da tarde.

Mas o mal vem logo de manhã. Fátima Lopes apresenta-se num estilo “Madre Teresa de Calcutá” onde o importante é contar estórias da vida real que tenham muito sangue e dor pelo meio.

À noite, já ninguém aguenta tamanha dose de telenovelas brasileiras.

O que salva a SIC são séries como CSI Miami e Nova Iorque e Donas de casa desesperadas.

Ou Penim muda a linha de programação ou muito provavelmente será ele o próximo a fazer as malas na SIC.

Fama e Segredo da História de Portugal


Já está à venda o novo livro da escritora amarantina Agustina Bessa – Luís.


“Fama e Segredo na História de Portugal” é o título da mais recente obra de Agustina e relata 12 episódios da história de Portugal, publicado pela editora Guerra e Paz.

Este livro é composto por 136 páginas e conta com ilustrações de Luís Miguel Castro e tem o preço de 55 euros.

Para Manuel da Fonseca, responsável pela Guerra e Paz, “o livro é um sobressalto. História a história vamos descobrindo abordagens completamente novas [da História de Portugal], não só porque a autora procura uma factualidade muito própria e especial, como também não hesita a juntar à factualidade um universo de lendas e efabulações”.

Um livro que promete dar que falar e que o editor considera um “álbum de luxo”.

Voluntariado Jovem



A Câmara Municipal de Amarante (CMA), desde o início deste mês, que se encontra a apoiar monetariamente 166 jovens estudantes universitários residentes no município.

O programa denominado “Voluntariado Jovem”, segundo o site da CMA, “ visa estimular o voluntariado, proporcionando, simultaneamente, àqueles que têm uma situação económico-familiar mais débil, a oportunidade de prosseguirem estudos superiores. Os seus destinatários são jovens residentes no concelho há mais de dois anos, os quais devem reunir os seguintes requisitos: ter idade inferior a 30 anos; estar matriculados no ensino superior; manifestar intenção de prosseguir um programa de voluntariado em função da sua disponibilidade e da do Município; apresentar sucesso educativo, não ultrapassando duas reprovações no ensino superior.”

Os jovens seleccionados têm de cumprir 8 horas semanais de voluntariado em diversas instituições do concelho amarantino, em áreas relacionadas com o curso que estão a frequentar.
Em contrapartida recebem uma bolsa de 100 euros durante o período do programa, ou seja, durante 6 meses.

Ainda, segundo o site da CMA, “dos jovens que vão integrar o Programa de Voluntariado, 21% frequentam cursos na área das Ciências Sociais; 15,6% estudam Engenharias; 14,5% são das áreas de Gestão, Contabilidade, Administração e Economia; 14,5% das de Ensino-Educação e 8,4% estudam Ciências Naturais, designadamente. Os bolseiros são oriundos de 33 freguesias do Concelho de Amarante, sendo que a maioria tem residência em S. Gonçalo, seguindo-se Gondar, Figueiró (Santiago) Telões e Gatão.

Aqui está o exemplo de uma boa medida, porque além de ajudar os jovens universitários mais carenciados, estimula o serviço de voluntariado e permite ainda uma primeira experiência no mercado do trabalho.

06 abril 2006

obrigado


Hoje acordei com uma enorme vontade de agradecer aos meus amigos por me aturarem. Não sei se este desejo se deve ao facto de estar a chover no Porto ou se a imagem do rio douro que vejo todos os dias ao acordar me inspirou para tal.

Obrigado Natália, Emanuel, João, Tiago's, Ana, Catarina, David, Raquel e José Carlos; vocês sabem quem são.

Obrigado por gostarem de mim. O sentimento é recíproco.

02 abril 2006

Mário Viegas

MARIO VIEGAS (1948 - 1996)




Faz hoje, dia 1 de Abril, dez anos que morreu o grande actor, encenador e declamador de raro talento de seu nome Mário Viegas.

Recordo-me das muitas horas da minha adolescência passadas a ver esse GRANDE SENHOR do teatro.

José Saramago definiu-o um dia assim: “Era um cómico que levava dentro de si uma tragédia. Não me refiro à implacável doença que o matou, mas a um sentimento dramático da existência que só os distraídos e superficiais não eram capazes de perceber, embora ele o deixasse subir à tona da expressão às vezes angustiada do olhar e ao ricto sempre sardónico e amargo da boca. Fazia rir, mas não ria. Pouca gente em Portugal tem valido tanto."

Tantas vezes incompreendido, Mário Viegas decidiu candidatar-se à Presidência da República pouco tempo antes de morrer. A sua candidatura tinha como principal objectivo utilizar o espaço cedido pelas televisões para a campanha eleitoral para que ele pudesse despertar as consciências para o flagelo da sida.

Volvidos estes dez anos, parece que finalmente a classe política desperta para a chacina que é a sida, contudo Portugal continua a apresentar dos índices mais elevados da Europa de pessoas infectadas com o HIV.

No dia dos enganos surge a notícia da sua morte. Jorge Sampaio, na altura Presidente da República, afirma que “ Mário Viegas era um poeta, um homem que dizia poesia de uma forma admirável. Era um grande actor e encenador e teve sempre uma liberdade de espírito e um poder criativo extraordinário. Quem não se lembra da tão recente e espantosa criação, continuamente renovada, que foi o espectáculo «Europa não! Portugal nunca!!»? Mário Viegas sempre deu o seu testemunho sobre a vida social e política e, além de criador, foi um homem muito inserido no seu tempo, que deixa uma grande obra."

Homem de esquerda, Mário Viegas fazia questão em afirmar: “A minha vida é o Teatro e o Teatro é a minha vida”.

Até sempre Mário Viegas, Portugal agradece a sua passagem pela terra!

01 abril 2006

Jornalismo Porto Rádio


Já está online mais um projecto do curso de jornalismo, ciências da comunicação (LJCC) da Universidade do Porto (UP).
Depois de ter sido apresentado, recentemente, o canal televisivo UP média, chega agora o Jornalismo Porto Rádio (JPR).
No site deste projecto lê-se que o “JPR é uma webrádio desenvolvida no âmbito do curso de Jornalismo e Ciências da Comunicação da Universidade do Porto. No ano em que se assinalam os 100 anos da primeira transmissão de voz via rádio, por Reginald Fessenden, pretende-se com este projecto extra-curricular dotar a LJCC de um pólo de investigação e de prática laboratorial das tecnologias de produção e difusão radiofónica mais recentes.”
JPR, para ouvir a partir de agora
.

26 março 2006

A saúde anda doente


Que a saúde em Portugal anda doente já todos nós sabíamos, mas eu pessoalmente nunca tinha o constatado.

Confesso que quando estou a precisar de consultas especializadas recorro sempre aos médicos particulares.

Acontece que, e não é que isso interesse muito ao leitores deste blogue, foi-me detectado um ligeiro desvio do septo nasal o que equivale a dizer que não respiro, como devia, pelo nariz.

Após várias consultas de otorrinolaringologia, algumas delas com médicos bastante conceituados nessa especialidade, chegou-se à conclusão que a melhor solução seria uma cirurgia.

O que eu não estava à espera era de ouvir da boca desses médicos que este tipo de operação não é comparticipada pelo Estado por ser considerada de “cosmética”.

Sem desconfiar dos meus médicos, lá fui eu confirmar junto de um ex director clínico de um hospital essa explicação. De facto estava correcta.

Decidi ir ao meu médico de família para me encaminhar para o hospital de Stº. António (em cima na fotografia) para que eu pudesse explicar o meu problema e quiçá encontrar um cirurgião generoso que corroborasse da minha indignação e me efectuasse essa cirurgia sem que eu tivesse de desembolsar uma elevada quantia de euros.

O meu médico de família lá me alertou que isso seria complicado e também me veio com a explicação que “o Estado português considera esta operação de cosmética”.

Após insistência minha lá recebo a tão desejada carta para marcar uma consulta no hospital de Stº António, o que fiz de imediato no passado mês de Outubro.

Como até esta semana ainda não tinha recebido qualquer notificação para a consulta decidi dirigir-me novamente ao hospital para saber o que se estava a passar pela demora.

Uma senhora simpática atendeu-me e explicou-me que as consultas de otorrinolaringologia estão com um ano de atraso. Para o comprovar até me mostrou o processo de uma senhora que aguardava na sala de espera e de facto essa doente tinha marcado consulta à um ano atrás.

Eu, com o meu habitual sentido de humor, expliquei à funcionária que provavelmente quando fosse chamado já teria morrido ao qual ela me responde que nessa altura também já não precisava da consulta.

Pior de tudo isto é que continuo com o desvio do septo nasal, e corro o sério risco de chegar à consulta e não ver o meu problema resolvido só porque o facto de eu querer respirar normalmente é considerado uma mera operação de cosmética.

E assim anda este país, doente nas finanças e pior de tudo: doente na saúde!

Jornal "Académico"



Esta semana chegaram até às minhas mãos vários exemplares do jornal semanal “Académico” da Universidade do Minho (UM).

Este jornal é todo ele elaborado pelos alunos do curso de Comunicação Social daquela Universidade pública.

Num formato A3 e com 16 páginas, a primeira, as centrais e a última página são a cores. Neste jornal são tratados os assuntos relacionados com a UM, mas há também espaço para criticas / sugestões de música, cinema, publicidade e ainda a opinião dos leitores.

O grafismo é muito bom e as matérias são tratadas de uma forma de agradável leitura.

O jornal pertence à Associação Académica da Universidade do Minho e saiu esta semana o número 22 daquele semanário.

Fica aqui um bom exemplo dos futuros jornalistas da UM e a prova de que é possível elaborar um jornal, académico, semanal.

Ficava bem à Universidade do Porto (UP) a criação de um projecto semelhante uma vez que o único jornal que existe é o JUP e é um jornal da academia do Porto, com uma distribuição mensal e a precisar, URGENTEMENTE, de uma renovação em termos gráficos.

Ao Vasco Leão, Mariana Pinheiro, Raquel Malaínho, Tiago Vaz Osório e restante equipa do “Académico” os parabéns pelo jornal.

17 março 2006

A produtividade portuguesa



Esta imagem mostra bem aquilo que acontece em muitas obras, essencialmente públicas, portuguesas.
Depois andamos a reclamar que os impostos foram aumentados e que temos salários muito baixos.
Sem sermos escravos devemos produzir sempre e cada vez mais para que este nosso país possa, finalmente, avançar e tornar-se no tão cantado "paraíso à beira mar plantado".
A quem me enviou esta imagem, por email, o meu obrigado.

10 março 2006

A avenida cinzenta


A imagem que se encontra em cima passou à história. A avenida dos Aliados, no Porto, encontra-se em obras.
Com a passagem do metro naquela artéria da cidade e com a criação de uma estação, a empresa “Metro do Porto” decidiu proceder à (des)requalificação daquela avenida.

Os grandes mentores do novo urbanismo são os, não menos grandes, arquitectos portuenses Souto Moura e Siza Vieira.

Várias pessoas levantaram vozes contra o facto daquele espaço perder a calçada típica portuguesa para dar lugar a cubos de granito.

Confesso que no início nunca percebi muito bem o porquê daquelas vozes discordantes. Confesso também que não percebo nada de arquitectura e que olhar para um projecto é o mesmo que olhar para nada.

Agora que as obras se encontram em fase adiantada já dá para termos uma percepção de como aquilo ficará. E vai ficar simplesmente feio e descaracterizado.

O Porto já é uma cidade fria devido ao seu clima e à forma como foi projectada no passado, mas colocar aqueles cubos graníticos cinzentos na “sala de visitas” da invicta não me parece a melhor solução. Mais, eliminaram uma calçada que é tipicamente portuguesa, e que dava um toque muito peculiar, muito nossa, àquele espaço.

As árvores também foram cortadas.

Não entendo que numa altura de contenção financeira se tenham criado três estações de metro ( Trindade; Aliados; S. Bento) num espaço tão curto.

De facto, têm razão todos aqueles que levantaram vozes discordantes do actual projecto.O Porto ficou mais feio e muito mais pobre.

09 março 2006

UP Média: O novo canal de televisão


A Universidade do Porto (UP) vai apresentar em Março, no dia da Universidade, a UP Média.

Será um canal de televisão interno que tem como objectivos contribuir para uma visão unificada da UP, apoiar necessidades de Comunicação das entidades da UP, possibilitar a exibição de produção experimental na área da comunicação da cultura e ciência, apoiar eventos e debates de interesse da UP e servir de experimentação e treino para alunos.

Este projecto está a ser desenvolvido pela Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM) e pelo curso de Jornalismo e Ciências da Comunicação (JCC).

A distribuição do canal, usando tecnologia desenvolvida na UTM, recorre à tecnologia peer-to-peer e constitui uma aplicação inovadora no cenário das Corporate TVs.

Este projecto, inicialmente, iria chamar-se UPTV, mas logo outra empresa se apressou a registar esse nome e fazer um projecto semelhante para transmissão em Universidades privadas e Politécnicos.

Nas instalações do curso de JCC já se sentem as movimentações no sentido das emissões começarem muito em breve, ao que consegui apurar, ainda este ano.

Das novidades posso adiantar que os conteúdos de cada faculdade serão identificados pelas respectivas cores que diferem em todas as faculdades.

Prometo acompanhar este projecto intensamente e trazer mais pormenores.

05 março 2006

Liberdade sim, abuso não!


Hoje fiquei intrigado ao vêr no jornal Expresso um cartoon criado pela Juventude Popular (JP) em que o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral, é satirizado numa alusão aos tão contestados cartoons do profeta Maomé.

Primeiro, é interessante verificar que o Partido Popular (PP) ainda não digeriu muito bem a integração de um dos seus fundadores num governo socialista. Ninguém é ingénuo em pensar que esse cartoon não tem a conivência de algumas figuras destacadas da cúpula do PP.

Segundo, não entendo o porquê da má interpretação das palavras de Freitas do Amaral.
Eu nasci já no pós vinte e cinco de Abril o que significa que para mim essas histórias da censura mais perecem um qualquer filme do Al Capone.

Sou daqueles que defende a democracia e a laicismo das nações. Mas num estado onde existe total liberdade de expressão há que ter em consideração aquilo que sempre ouvi dizer em miúdo: “a nossa liberdade termina quando começa a dos outros.”

De facto devemos viver em liberdade, mas considero que há valores a preservar porque qualquer dia, ao abrigo da pertença liberdade de expressão, as pessoas podem devassar valores que nos são sensíveis.

Quantos de nós gostaria de ter o pai ou mãe satirizado ou ridicularizado num cartoon? Quantos de nós gostaria de ver adulterado os valores da nossa nação?

Penso que podemos, e devemos, usar a liberdade de expressão, mas a mesma não pode nunca ultrapassar ou ferir os valores que tocam profundamente as pessoas. Não podemos esquecer que a religião é algo que está próximo dos que nela acreditam.

Obviamente que os factos não justificam os fins, ou seja, os muçulmanos perderam toda a razão quando utilizaram meios e métodos agressivos contra tudo e contra todos para mostrar a sua indignação.

Reitero que sou um acérrimo defensor “das liberdades”, mas espero que a liberdade de expressão não seja para devassar, atingir ou ferir, conscientemente, os outros porque poderá tornar-se numa poderosa arma tal como era a censura mas aqui com um método contrário, sendo, no entanto, o objectivo o mesmo: tirar proveito através de alvos estratégicos.

26 fevereiro 2006

Alternativa musical



Para os menos atentos informo que se encontra do lado direito, em baixo do contador de visitas, um link para a Accuradio. Numa altura em que temos falta de rádios com boas selecções musicais, fica aqui a alternativa porque é possível escolher desde Jazz , Rock, Country, Celtica, entre outros géneros musicais.
Fica a sugestão. Para ouvir enquanto se lê este blogue.

25 fevereiro 2006

José Carlos Malato



Tem 41 anos, é realizador de rádio, apresentador de televisão e professor Universitário.
Actualmente apresenta na RTP, todos os dias, o programa “Portugal no Coração” e o concurso a “Herança”.
Aponta como seu maior defeito aquilo que diz ser a sua maior virtude: acreditar.
Nesta entrevista conhecemos aquele que Emídio Rangel elegeu como o apresentador do ano em 2004 e 2005.



José Manuel Monteiro: A vontade de fazer televisão aconteceu por acaso, ou era um sonho de sempre?

José Carlos Malato:
Olhando para trás, acho que sempre tive um Eládio Clímaco dentro de mim. (risos). O Festival da Canção foi o meu primeiro calcanhar de Aquiles.

JMM: Explica-me como foste parar à RTP.

JCM: Por amizade. O convite foi de Helena Forjaz.

JMM: Como apresentador já tive a oportunidade de te ver em vários registos.
Formal em algumas galas, informal no Portugal no Coração e muito mais sério nos concursos. Qual preferes ou onde te sentes melhor?

JCM: Gosto de ser uma espécie de camaleão da comunicação. Tal como ele, o segredo é a adaptação ao meio.

JMM: Há muitas diferenças entre fazer um programa à tarde ou um no horário nobre?

JCM: Diferenças há e muitas. À noite, faz-se e vê-se televisão com a cabeça. De manhã e à tarde, com o coração.

JMM: Já entrevistaste muitas pessoas. De quem guardas melhores recordações e porquê?

JCM: Tantas, tantas, em três anos, todos os dias. Gostei daquela vez em que o Dr. Fernando Nobre da AMI, me olhou fundo nos olhos, e disse: “Já vi morrer tanta gente. Na morte somos todos iguais. Eu, quando morrer, só espero que alguém esteja ao meu lado, e me segure na mão.”

JMM: E piores?

JCM: Não me atrevo a dizer o nome. Chegou atrasado, passou o programa todo a mascar pastilha elástica e a mandar mensagens de telemóvel.

JMM: Com as oportunidades que a RTP te tem dado, sentes-te realizado profissionalmente?

JCM: Sim. As oportunidades têm sido directamente proporcionais ao empenho que coloco no que faço, à minha capacidade de trabalho .

JMM: O concurso a Herança foi um bom presente?

JCM: Os presentes não se escolhem. Aceitam-se com um sorriso nos lábios.
É sempre bom quando nos dão.

JMM: O que achas dos reality shows?


JCM: Como produtos televisivos e fenómenos sociológicos, são apaixonantes. Sou cliente. Mais antes do que agora.

JMM: Eras capaz de entrar num programa desse género?

JCM: Se continuar a pensar como penso hoje, não.

JMM: Quem gostarias de ter a trabalhar contigo, que não tens e que fazia falta?

JCM: Ainda gostava de voltar a trabalhar com a Ana Lamy.

JMM: E o sonho de pintar, onde fica no meio de tanto trabalho?

JCM: Como uma das minhas formas e forças de expressão. Com interrupções, mas segue dentro de momentos.

JMM: Na televisão, incluindo a TV Cabo, o que mais gostas de ver?

JCM: Como tenho tão pouco tempo, notícias, algum entretenimento e na falta de real sex, Sexy Hot (que saudades!). Do Vénus já não gosto tanto. (risos)

JMM: Como profissional de televisão, como analisas o cenário que vivemos nos dias de hoje?

JCM: Domique Wolton chama-lhe a Cultura do Instante. É preciso introduzir neste meio, uma categoria de tempo, a que eu gosto de chamar, Cultura da Memória. Só assim será possível passar da Sociedade da Informação, em que vivemos, para a desejável e urgente Sociedade do Conhecimento. Como? Desenvolvendo competências que nos permitam abandonar a passividade e tornarmo-nos cidadãos activos. (cF. Reginaldo de Almeida. Voo da Borboleta, Media XXI, Lisboa, 2006). E, já agora, menos inveja, por favor!

JMM: Tens amigos no meio?

JCM: Tenho amigos em todo o lado. Construí a minha própria maçonaria. (risos)

JMM: Como é ter um largo com o teu nome na terra que te viu nascer ?

JCM: Não há nada melhor do que o reconhecimento daqueles que nos viram nascer. É um orgulho e uma responsabilidade.

JMM: Como é o Malato fora do ecrã?

JCM: Bastante mais magro. É o que todos dizem!

JMM: A tua vida pessoal é muito reservada. É uma opção?

JCM: A minha vida pessoal não tem interesse para o público em geral. Só em particular. (risos)

JMM: Que principais diferenças vês entre Lisboa e o Porto?

JCM: Lisboa é feminina, o Porto, masculino.

JMM: Fala-me agora dos teus projectos futuros.

JCM: Deixar de fumar. Já não aguento mais.

JMM: Qual a pergunta que nunca te fizeram e que gostasses de responder?

JCM: Queres que o Sexy Hot volte ao cabo? Siiiiiiiiiiiimmmmmmm. (risos)

18 fevereiro 2006

Saúde mais cara em Portugal


Surgiu hoje uma noticia, que quando ouvi, não queria acreditar. Correia de Campos, ministro da Saúde, informou que no próximo ano os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) poderão ter de comparticipar, entre 25% a 50%, as despesas com os seus tratamentos.

Todos os portugueses sabem das dificuldades orçamentais com que se deparam os diferentes ministérios, mas o sr. Ministro Correia de Campos deve desconhecer o termo “serviço público” e a própria Constituição portuguesa que refere que a nenhum cidadão deve ser vedado o acesso à saúde.

A tornar-se realidade esta notícia, os portugueses devem começar a ficar preocupados. Num país que está a atingir índices de desemprego nunca antes alcançados, esta medida vai agravar ainda mais a situação.

Tudo isto torna-se ainda mais estranho se tivermos em conta que este ministro faz parte de um governo socialista que tem na sua filosofia politico-partidária a ajuda aos mais pobres e mais desfavorecidos socialmente e que andou sempre em campanha a apregoar a solidariedade . Ora, esta medida não irá afectar o bolso dos ricos mas precisamente das classes mais pobres.

O “pai” do SNS, António Arnault, mostrou-se chocado com a notícia e apelou ao primeiro-ministro para “travar os ímpetos capitalistas”.

Espero, sinceramente, que esta seja apenas uma partida, antecipada, do dia 1 de abril.

13 fevereiro 2006

"O voo da borboleta - Crónicas da sociedade de informação"


Foi lançado, esta semana, na fnac do norteshopping, o livro “O voo da borboleta – Crónicas da sociedade da informação” da autoria do Professor Reginaldo Rodrigues de Almeida.

No prefácio do livro afirma-se que “ como um jogo de palavras cruzadas, assim é a nossa sociedade. Cada letra e cada sílaba têm múltiplos entendimentos, têm variados sentidos, têm até, distintas interpretações, conforme a orientação. A pluralidade de sociedades onde vivemos em simultâneo é cada vez maior, fruto duma mescla ambígua e aparentemente contraditória de fragmentação e de globalidade”.

Joaquim Letria, que prefacia “O voo da borboleta refere que “nunca as informações circularam de forma tão abundante e instantânea, mas as decisões macro e microestratégicas são tomadas com base em dados restritos e informações classificadas, exclusivas de clientelas seleccionadas”.

Este livro, aparentemente direccionado para pessoas que estudam as matérias relacionadas com a comunicação/informação, é uma mais valia para todos aqueles que não querem deixar de pensar e que querem ter uma voz activa e participativa na sociedade em que vivemos.

O voo da borboleta – Crónicas da sociedade de informação” aborda os mais diversos temas – globalização; economia; educação; saúde; tecnologias; ambiente; cidadania - e é seguramente um livro que apela à reflexão.

Vivemos num mundo em que tudo acontece a uma velocidade quase inatingível. O sociólogo francês Dominique Volton chama-lhe a “cultura do instante”. Parece que as pessoas deixaram de ter memória e que apenas valorizam o presente: o imediato. Uma cidade, um país ou um continente sem memória deixa de ter história, de ter passado.

Somos confrontados com os slogans publicitários, redutores, a afirmar que vivemos numa Sociedade global”. Mas, de facto vivemos, inconscientemente, mergulhados em várias sociedades que vão desde a sociedade da mobilidade à sociedade da moda porque “ter e ter mais que os vizinhos parece ser algo, não só importante, como indispensável”.

A Internet veio vincar ainda mais a necessidade de cada indivíduo estar online com o resto da sociedade. O velho postal dos correios, outrora cantado pelo projecto musical Rio Grande” deu lugar ao e-mail. As visitas aos museus ou às bibliotecas foram substituídas por horas e mais horas em frente ao computador, porque estes, actualmente, são facilmente transportáveis. Cada vez é mais usual estarmos sentados no café e, à nossa frente, estarem várias pessoas com o computador portátil aberto insinuando que tudo nesta sociedade se tornou pragmático, até mesmo as relações inter-pessoais, porque o Messenger e outros programas similares possibilitam as conversas em tempo real como se real fosse a presença do nosso interlocutor.

A informação circula , também, a uma velocidade nunca anteriormente atingida. É possível ver, em directo, comodamente no sofá, um avião atravessar as torres gémeas em Nova Iorque matando milhares de pessoas. E o que foi dito no notíciario das 10 horas perde toda a actualidade quinze minutos depois.
O Professor Ciro Marcondes Filho considera mesmo que a crescente velocidade de circulação de mensagens e em quantidade crescente confunde os cidadãos. Questiona mesmo até que ponto, numa sociedade hipermediatizada, temos capacidade para captar tamanho caudal de informação a tão grande velocidade e muitas vezes contrária. Nos mass media sobre um determinado assunto o receptor pode encontrar perspectivas diferentes mas igualmente fundamentadas. O receptor fica desinformado. A palavra-chave são os critérios de selecção.

O livro “O voo da borboleta - Crónicas da sociedade da informação” é um bom ponto de partida para uma profunda introspecção sobre a necessidade de uma boa formação e informação ao serviço da comunidade. Um livro da editora Media XXI, a um preço acessível,a rondar os 15 euros, e da autoria do Professor Reginaldo Rodrigues de Almeida.

12 fevereiro 2006

O segredo de Brokeback Moutain


Ontem fui ver o filme de que se fala actualmente.
O segredo de Brokeback Moutain: o filme que se arrisca a ser o mais premiado na noite da entrega dos Oscares.

A sala do cinema estava praticamente vazia. Não sei se por ser a sessão da meia noite ou porque, em pleno sec. XXI, as pessoas ainda sentem pudor em ver uma historia de amor entre duas pessoas do mesmo sexo.

Quando entrei na sala notei que a maioria dos presentes não se sentia muito à vontade. Percebia-se que pairava, no ar, um certo nervoso miudinho.
Ninguém sabia muito bem o que iria ver, até porque a estreia, em Portugal, tinha sido no dia anterior.

Começa o filme.

Nota-se que, em termos de produção, não houve um grande investimento financeiro. Mas nem por isso o filme perde interesse.

A história resume-se desta maneira: um amor intensamente vivido e intensamente sofrido.
Em momento algum é explorado o lado homossexual da história. É sempre posto em evidência o facto de duas pessoas se amarem e a sua idiossincrasia.

Se somos informados, logo no início do filme, que os factos ocorrem no ano de 1963, somos confrontados com uma história ainda bem actual.

Duas pessoas que se amam e que, por imposição da sociedade, são obrigadas a esconder esse amor e a construírem vidas paralelas.
É um Romeu e Julieta da dec. de sessenta, mas neste caso vivida por dois “Romeus”.

Grandes planos e grandes silêncios são a tónica dominante.

Nos EUA o filme começou a ser projectado em pequenas salas de cinema para posteriormente passar para as grandes salas.

Os americanos renderam-se ao Segredo de Brokeback Mountain. A euforia passou a ser tanta que foram estampadas em milhares de t-shirts a frase “quem me dera saber como deixar-te”; uma das muitas que fazem parte do argumento do filme.

Recomendo a ida ao cinema para descobrirem este segredo, independentemente de serem pró-homossexual, homofóbicos, ou indiferentes.

02 fevereiro 2006

Onde pára a polícia?!


Em Amarante impera o caos no trânsito. Os automobilistas estacionam onde querem, da forma que lhes dá mais jeito sem que sejam multados pelas autoridades.

Considero uma total falta de respeito que se estacione nos passeios – que eu saiba foram feitos para os peões.

É inadmissível ver tantos automóveis em frente ao “Solar dos Magalhães” numa rua agora mais apertada com os arranjos feitos naquela zona.

Não compreendo que seja permitido o estacionamento na entrada para o parque de Stª. Luzia quando o parque está vazio. É o caos total com condutores a quererem entrar ou sair e não ser possível, só porque alguem que não queria andar alguns metros a pé, deixou ali a sua viatura.

Mas os exemplos não se ficam por aqui: na biblioteca municipal; junto ao mercado; no arquinho; rua 31 de Janeiro; e mais ridículo de tudo – em frente ao posto da própria GNR.
Mas afinal onde pára a polícia?!

Concordo com a câmara quando refere que existem muitos parques, gratuitos, para estacionar, mas não compreendo o motivo pelo qual o nosso edil não quer a criação de polícia municipal pois esta poderia actuar a nível do trânsito.

Mas a câmara municipal também tem as suas responsabilidades neste caos em que vivemos: permitiu que muitos serviços, como por exemplo a conservatória, fossem para locais onde as acessibilidades e o estacionamento não são os melhores.

É de lamentar que os novos passeios, agora a ser construídos, já estejam estragados devido à falta de civismo que impera na cidade e para o qual contribui, e muito, a passividade das nossas autoridades.

30 janeiro 2006

Amarante perde mais um serviço


Depois de Amarante ver “partir” a loja da Portugal Telecom, a loja da EDP, a PSP e outros serviços, este sábado o jornal “Expresso” noticia que Amarante perderá a maternidade.
Não se compreende que esta unidade do Hospital de S. Gonçalo, que terminou o ano de 2005 com mais de mil partos, tenha o seu fim anunciado.
A partir de agora cabe às futuras mães desta região escolher onde querem “dar à luz”.
Da Câmara Municipal apenas se ouve o lamento. Da parte da administração do hospital idem aspas.
Quem fica a perder é o Baixo Tâmega.
Esperemos que os eleitos na autarquia tenham a sensibilidade e, acima de tudo, a capacidade reivindicativa para não permitirem que outras valências do hospital sejam retiradas.
Amarante já é suficientemente pobre para perder mais bens e serviços.