17 novembro 2006

Saudades


Há um sentimento que é muito nosso: Saudade!


Descrever a saudade é praticamente impossível. Ao contrário do amor, descrito por Camões, a saudade é algo que dói e que se sente. E sente-se de uma forma tão profunda como dolorosa.

Não raras vezes ouvimos falar de pessoas que morreram vítimas de tal sentimento.


A saudade acompanha-nos desde a nascença. Logo nos primeiros instantes sentimos saudade da nossa mãe se ela se afasta por instantes.


No decorrer da vida sentimos saudades de momentos vividos, de pessoas encontradas.


Uns conseguem matar este sentimento através das recordações; outros preferem não recordar para que o tal sentimento morra.


A saudade rói e corrói o coração ou algum outro órgão que fica perto deste.


A partida para o outro mundo (se é que ele existe) de uma pessoa querida será certamente a saudade mais difícil de superar: de ultrapassar. A morte não é dolorosa para quem parte – quem parte não sentirá mais os problemas e sentimentos deste mundo – a morte é dolorosa para quem fica. E ultrapassar a perda de alguém é talvez o maior desafio que nos é colocado nesta vida. Seguir em frente com saudades mas também com as recordações boas que nos foram proporcionadas pela pessoa que partiu.


Deixo-vos com um fado interpretado pela Mariza. Chama-se “gente da minha terra”. Através dele percebemos que afinal a SAUDADE e consequentemente a tristeza é algo que herdamos das gentes da nossa terra :

“Oh gente da minha terra,


Agora é que eu percebi


Esta tristeza que trago

Foi de vós que recebi…”


2 comentários:

Anónimo disse...

Adorei o post...

a SAUDADE.. até das mais pequenas coisas, das coisas que pensamos nunca ter saudade... na verdade é k temos...

ja nao falamos a mt tempo...

abraço

the girl in the other room disse...

Tenho saudades do sol*